segunda-feira, fevereiro 12, 2007

SIM

Finalmente sim!

sábado, fevereiro 10, 2007

Um post a favor da Interrupção Voluntária da Hipocrisia

(para os que em véspera de referendo ainda estão indecisos, este texto resume somente os motivos pelos quais vou votar sim)

O ABORTO CLANDESTINO É UMA REALIDADE, EXISTE, NÃO É FICÇÃO. É feito em condições desumanas, com graves prejuízos físicos e psicológicos para quem a ele se submete. Não é feito de ânimo leve, não acredito nisso. Ninguém faz um aborto como quem vai fazer compras a um centro comercial.

Porquê criminalizar? Porquê sujeitar a mulher que interrompe uma gravidez não desejada a uma humilhação pública em tribunal? Porquê esta dupla condenação que, mesmo que a mulher não cumpra três anos pena, não deixa de existir?

A pergunta que se faz no referendo é clara nesse sentido. Não se está a vender gato por lebre como alguns defendem. Como disse o Daniel Oliveira, sim ainda quer dizer sim, não ainda quer dizer não e despenalização ainda quer dizer despenalização. OPÇÃO DE ESCOLHA NÃO SIGNIFICA LIBERALIZAÇÃO.

Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?

CLARO QUE SIM! Porque a lei actual é injusta. É discriminatória. Empurra as mulheres mais carenciadas para o aborto clandestino e as que não o são para clínicas em Espanha.

Eu respeito os motivos pelos quais se interrompe uma gravidez, preferia que essa interrupção não acontecesse, mas não julgo. Para mim votar sim é uma solução de compromisso e votar não é uma solução radical. Votar não, significa fechar os olhos a um problema, a uma realidade. É deixar tudo como está. É ser hipócrita.

Sem que isto possa parecer teoria da conspiração, critico alguns defensores do não pela campanha desleal que fizerem para confundir a opinião pública, utilizando argumentos sem credibilidade científica e dados adulterados. Critico o papel de alguns meios de comunicação social pela forma pouco profissional e tendenciosa para o lado do não dos seus artigos jornalísticos. E critico o papel da Igreja católica pelo conservadorismo e fundamentalismo demonstrado em toda a campanha.

Em relação a este último ponto, gostaria de fazer uma ressalva para um e-mail que recebi há uns dias atrás com um artigo do público, que referia o voto "sim" do padre Manuel Costa Pinto. O título do e-mail dizia "há padres bons", não concordo com o título por achar que não devemos ser maniqueístas a esse ponto, mas admiro a opinião do referido padre e elogio a atitude tomada.

Apesar de tudo, e se em tempos questionei o opção por referendar esta matéria, hoje acredito que estes últimos meses serviram para que mais gente esteja informada acerca de temas como educação sexual e planeamento familiar. Acredito que, apesar de todos os aspectos desleais e mentirosos onde assentaram a campanha do não, a população em geral está agora mais esclarecida e percebeu o que está em questão neste referendo.

Por isso apelo ao voto, porque todos os votos são importantes. Apelo ao voto no sim. PARA HAJA UMA INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA HIPOCRISIA NO NOSSO PAÍS.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Porque o jornalismo leviano está em todo o lado


A resposta de um membro de uma banda brasileira chamada Los Hermanos à questão de um jornalista que afirma que o grupo se sente incomodado com o facto de estar sempre associado à música que lhes deu mais sucesso, chamada Ana Júlia.