Amanhã, a partir da 13h, concentração no largo Camões. Precários nos querem, rebeldes nos terão!
O MayDay é uma parada de precári@s, que vem marcando o 1º de Maio em várias cidades por esse mundo fora, desde da estreia em 2001, em Milão.
No ano passado, a iniciativa MayDay chegou a Lisboa, juntando algumas centenas de pessoas contra a precariedade no trabalho e na vida. Este ano, o MayDay Lisboa já começou: uma organização aberta a tod@s, que vai fazendo assembleias, acções públicas, festas, etc.
Na parada MayDay cabemos tod@s: mais nov@s e mais velh@s, operadores de call-center, "caixas" de supermercado, cientistas a bolsa, intermitentes, desempregad@s, estagiári@s, contratad@s a prazo, estudantes que vivem ou pressentem a precariedade,…
A 1 de Maio juntamo-nos contra a exploração, contra o emagrecimento dos apoios sociais e à habitação, desafiando o cinzentismo e continuando o percurso de mobilização e visibilidade. Contamos contigo?
No dia 1 de Maio vamos para a rua. Porque esta não foi apenas feita para albergar sedes de empresas, escritórios, restaurantes de comida rápida e outros locais onde decorre todo um estado de excepção laboral, onde a exploração, o abuso, a instabilidade e a ilegalidade se tornaram lei.
No dia 1 de Maio queremos transformar a rua num espaço em que desfila a alegria da recusa de uma vida aos bocados.
http://maydaylisboa.blogspot.com/
quarta-feira, abril 30, 2008
terça-feira, abril 29, 2008
Palhaçada
Foi aquilo que se passou ontem no programa prós e contras da RTP. Muita conversa fútil e pouco esclarecedora. Muito tempo de antena para a classe "patronal", os sindicados, por muito bem intencionados que estivessem, nem sempre estiveram à altura, e aqueles que realmente interessava ouvir - os das plataformas, aqueles que sofrem na pela os abusos da má utilização dos recibos verdes - foram silenciados.
segunda-feira, abril 28, 2008
Isto quer é uma nova revolução
Numa entrevista que li recentemente na revista Tabu, José Mário Branco questiona se o 25 de Abril foi realmente uma revolução.
"Pergunta: aquilo foi uma revolução? Ou foi uma descompressão social depois de 48 anos de ditadura? A 24 de Abril de 1974 quantas pessoas estariam dispostas a vir para a rua protestar e exigir a fábrica, a herdade, a democracia? Quantas? Houve uns militares descontentes que por razões completamente corporativas se começaram a juntar e vieram para a rua. A minha discussão muitas vezes com os meus companheiros de luta é esta: 'se não for capaz de fazer a revolução dentro de mim próprio, vou ser capaz de a fazer na sociedade?' É imposível. Não por acaso, é nos poetas que está a luz principal. São eles que se despem de tudo e exprimem as mais profundas coisas sobre a Humanidade".
Hoje acordei a cantar esta a música: Queixa das almas jovens censuradas. Poema de Natália Correia.
Dão-nos um lírio e um canivete
E uma alma para ir à escola
Mais um letreiro que promete
Raízes, hastes e corola
Dão-nos um mapa imaginário
Que tem a forma de uma cidade
Mais um relógio e um calendário
Onde não vem a nossa idade
Dão-nos a honra de manequim
Para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
Sem pecado e sem inocência
Dão-nos um barco e um chapéu
Para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
Levado à cena num teatro
Penteiam-nos os crâneos ermos
Com as cabeleiras das avós
Para jamais nos parecermos
Connosco quando estamos sós
Dão-nos um bolo que é a história
Da nossa historia sem enredo
E não nos soa na memória
Outra palavra que o medo
Temos fantasmas tão educados
Que adormecemos no seu ombro
Somos vazios despovoados
De personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho
E um pacote de tabaco
Dão-nos um pente e um espelho
Pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça
E uma cabeça presa à cintura
Para que o corpo não pareça
A forma da alma que o procura
Dão-nos um esquife feito de ferro
Com embutidos de diamante
Para organizar já o enterro
Do nosso corpo mais adiante
Dão-nos um nome e um jornal
Um avião e um violino
Mas não nos dão o animal
Que espeta os cornos no destino
Dão-nos marujos de papelão
Com carimbo no passaporte
Por isso a nossa dimensão
Não é a vida, nem é a morte
"Pergunta: aquilo foi uma revolução? Ou foi uma descompressão social depois de 48 anos de ditadura? A 24 de Abril de 1974 quantas pessoas estariam dispostas a vir para a rua protestar e exigir a fábrica, a herdade, a democracia? Quantas? Houve uns militares descontentes que por razões completamente corporativas se começaram a juntar e vieram para a rua. A minha discussão muitas vezes com os meus companheiros de luta é esta: 'se não for capaz de fazer a revolução dentro de mim próprio, vou ser capaz de a fazer na sociedade?' É imposível. Não por acaso, é nos poetas que está a luz principal. São eles que se despem de tudo e exprimem as mais profundas coisas sobre a Humanidade".
Hoje acordei a cantar esta a música: Queixa das almas jovens censuradas. Poema de Natália Correia.
Dão-nos um lírio e um canivete
E uma alma para ir à escola
Mais um letreiro que promete
Raízes, hastes e corola
Dão-nos um mapa imaginário
Que tem a forma de uma cidade
Mais um relógio e um calendário
Onde não vem a nossa idade
Dão-nos a honra de manequim
Para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
Sem pecado e sem inocência
Dão-nos um barco e um chapéu
Para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
Levado à cena num teatro
Penteiam-nos os crâneos ermos
Com as cabeleiras das avós
Para jamais nos parecermos
Connosco quando estamos sós
Dão-nos um bolo que é a história
Da nossa historia sem enredo
E não nos soa na memória
Outra palavra que o medo
Temos fantasmas tão educados
Que adormecemos no seu ombro
Somos vazios despovoados
De personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho
E um pacote de tabaco
Dão-nos um pente e um espelho
Pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça
E uma cabeça presa à cintura
Para que o corpo não pareça
A forma da alma que o procura
Dão-nos um esquife feito de ferro
Com embutidos de diamante
Para organizar já o enterro
Do nosso corpo mais adiante
Dão-nos um nome e um jornal
Um avião e um violino
Mas não nos dão o animal
Que espeta os cornos no destino
Dão-nos marujos de papelão
Com carimbo no passaporte
Por isso a nossa dimensão
Não é a vida, nem é a morte
sexta-feira, abril 25, 2008
quinta-feira, abril 24, 2008
quarta-feira, abril 23, 2008
Frames repentinos
Ontem à noite na cinemateca. Zabriskie Point, de Michelangelo Antonioni. A pirotecnia revolucionária é o futuro. Viva a contracultura.
Mark: Would you like to go with me?
Daria: Where?
Mark: Wherever I'm going.
Daria: Are you "really" asking?
Mark: Is that your "real" answer?
terça-feira, abril 22, 2008
segunda-feira, abril 21, 2008
I love spam #7
From: Sukhbir
Subject: A cock to remember
Be the awesome bed hero you have always wanted to be within a few months http://www.iineurues.com/
Subject: A cock to remember
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sexta-feira, abril 18, 2008
quinta-feira, abril 17, 2008
quarta-feira, abril 16, 2008
terça-feira, abril 15, 2008
segunda-feira, abril 14, 2008
in live
Este fim-de-semana fui a Leira assistir ao concerto de Dorit Chrysler. Muito bom, apaixonei-me. A senhora toca o theremin como ninguém, com uma exactidão e sensualidade impressionante. Podia ter ficado horas e horas a ouvi-la que não me cansava. A primeira parte foi do português M-peX. Fiquei surpreendido por encontrar um velho conhecido do técnico a tocar guitarra portuguesa. Boas melodias e boas viagens sonoras. Está no bom caminho. Concertos inseridos na mostra itinerante de música em Leiria Fade In, no velho orfeão de Leiria que está quase para cair, mas enquanto isso não acontece continua a ser palco de referência.
sexta-feira, abril 11, 2008
Fim de semana
Estirado na areia, a olhar o azul,
ainda me treme o parvalhão do corpo,
do que houve que fazer para ganhar o nosso,
do que houve que esburgar para limpar o osso,
do que houve que descer para alcançar o céu,
já não digo esse de Vossa Reverência,
mas este onde estou, de azul e areia,
para onde, aos milhares, nos abalançamos,
como quem, às pressas, o corpo semeia.
Alexandre O´Neill
ainda me treme o parvalhão do corpo,
do que houve que fazer para ganhar o nosso,
do que houve que esburgar para limpar o osso,
do que houve que descer para alcançar o céu,
já não digo esse de Vossa Reverência,
mas este onde estou, de azul e areia,
para onde, aos milhares, nos abalançamos,
como quem, às pressas, o corpo semeia.
Alexandre O´Neill
quinta-feira, abril 10, 2008
Frames repentinos
quarta-feira, abril 09, 2008
Hoje à tarde na cinemateca
Vai passar hoje, na sessão das 19 horas, um dos meus filmes preferidos. Peau D'Âne de Jacques Demy, com Catherine Deneuve no principal papel. Infelizmente, em princípio, não vou puder revê-lo, mas quem tiver essa oportunidade não a perca. Vale mesmo a pena, sai-se da sessão com um sorriso na cara e a cantar cantar canções lamechas de amor. Filme terapêutico.
terça-feira, abril 08, 2008
When you're growing up in a small town...
When you're growing up in a small town
When you're growing up in a small town
When you're growing up in a small town
You say no one famous ever came from here
When you're growing up in a small town
and you're having a nervous breakdown
and you think that you'll never escape it
Yourself or the place that you live
Where did Picasso come from
There's no Michelangelo coming from Pittsburgh
If art is the tip of the iceberg
I'm the part sinking below
When you're growing up in a small town
Bad skin, bad eyes, gay and fatty
People look at you funny
When you're in a small town
My father worked in construction
It's not something for which I'm suited
Oh, what is something for which you are suited ?
Getting out of here
I hate being odd in a small town
If they stare let them stare in New York City
As this pink eyed painting albino
How far can my fantasy go ?
I'm no Dali coming from Pittsburgh
No adorable lisping Capote
My hero, oh, do you think I could meet him ?
I'd camp out at his front door
There is only one good thing about small town
There is only one good use for a small town
There is only one good thing about small town
You know that you want to get out
When you're growing up in a small town
You know you'll grow down in a small town
There is only one good use for a small town
You hate it and you'll know you have to leave
segunda-feira, abril 07, 2008
sábado, abril 05, 2008
sexta-feira, abril 04, 2008
quinta-feira, abril 03, 2008
I love spam #6
From: Ruthie Benoit
Subject: Last Longer in Bed
A breakthrough in herbal Science has created a pill that has been designed specifically for penis enlargement. The tests that took place over a 6 month period showed that out of the 5,000 Males from around the world who participated, the average gain after 5 months of taking VPXL pills was 3.02 Inches! Amazing, PERMANENT RESULTS that will last.
http://poliekag.com/
Dr. Terrie Darby
Subject: Last Longer in Bed
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Dr. Terrie Darby
quarta-feira, abril 02, 2008
terça-feira, abril 01, 2008
1º de Abril
Nunca associo esta data ao dia das mentiras. Quando penso nesta data lembro-me sempre que é o dia de aniversário da minha primeira namorada. Se bem que nunca chegámos a concretizar o namoro. Nunca nos beijámos e no dia de S. Valentim pedi a um amigo meu para lhe dar um presente em meu nome. Ela chama-se Teresa e há anos que não a vejo. Éramos colegas de carteira numa aula, e lembro-me que ela falava comigo sussurrando-me coisas baixinhas ao ouvido. Como aluno bem comportado que era nesse ano lectivo de 86/87, receava que a nossa conversa - ela a sussurrar e eu a tentar ouvir - pudesse interromper o normal decurso da actividade escolar. Esse meu receio, aliado aos meus problemas auditivos e ao facto de ela falar muito, muito baixinho mesmo, fazia com que eu lhe pedisse para repetir as sentenças. Dizia "o quê?", "diz?", mas continuava a não perceber o que ela dizia acabando por desistir. Então a solução que arranjei foi dizer que "sim" a tudo. Acenava sempre em sinal de consentimento.
Ainda hoje não sei que coisas me dizia. Continuo sem saber. Estou na dúvida se ela me dizia coisas do género "estou a falar baixinho de propósito para gozar contigo e tu és um grande estúpido, não és?", ou então coisas como "tu és muito giro e eu gosto muito de ti, queres brincar aos médicos e às médicas comigo?" ao qual eu respondia "sim", mas depois nada fazia... A verdade é que eu nunca esqueci a data do seu aniversário. E quem sabe se não me teria casado com ela se ouvisse melhor. Era a rapariga mais gira da turma. A seguir a ela, a mais gira era a Neuza, era a minha segunda escolha caso as coisas tivessem corrido mal com a Teresa.
Ainda hoje não sei que coisas me dizia. Continuo sem saber. Estou na dúvida se ela me dizia coisas do género "estou a falar baixinho de propósito para gozar contigo e tu és um grande estúpido, não és?", ou então coisas como "tu és muito giro e eu gosto muito de ti, queres brincar aos médicos e às médicas comigo?" ao qual eu respondia "sim", mas depois nada fazia... A verdade é que eu nunca esqueci a data do seu aniversário. E quem sabe se não me teria casado com ela se ouvisse melhor. Era a rapariga mais gira da turma. A seguir a ela, a mais gira era a Neuza, era a minha segunda escolha caso as coisas tivessem corrido mal com a Teresa.
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